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Nossa Espiritualidade

Santa Clara de Assis

Por onde passaram os Franciscanos, Santa Clara sempre foi conhecida como uma companheira de São Francisco. Realmente, o estilo de vida de Francisco não poderia ser privilégio dos homens. Muitas mulheres escutavam a sua pregação, observavam o seu estilo de viver o Evangelho e também queriam viver essa experiência. Uma delas foi Clara de Assis.
Clara nasceu em 1194 em Assis, filha de Ortolana de Fiumi e Favarone Offreduccio de Bernardino, família nobre da cidade de Assis. Recebeu da mãe uma sólida educação religiosa e do pai a personalidade forte.

Clara ouvira falar de Francisco e de seu ideal de vida. De como Francisco abandonara a vida confortável proporcionada pelo negócio rentável do pai, para abraçar uma vida de pobreza e entrega.

Aos 18 anos, Clara ouviu Francisco pregar os sermões da Quaresma na Igreja de São Jorge, em Assis. As palavras dele inflamaram tanto seu coração, que o procurou em segredo, pois também ela desejava viver a experiência de pobreza, simplicidade e amor que Francisco anunciava.

No Domingo de Ramos, dia 19 de março de 1212, Clara participou da Missa da manhã já decida de seguir o passos de Jesus Cristo. Não havia meio de sair despercebida do castelo de seus pais, mas encontrou a única saída possível pela porta de trás do palacete: a saída dos mortos. Toda casa medieval tinha esta saída, por onde passava o caixão dos defuntos.

À noite, quando todos dormiam, a nobre jovem Clara de Favarone fugiu de casa por esse buraco, abandonou os muros da cidade e percorreu a estrada até chegar à Porciúncula, onde foi recebida com muita festa pelos irmãos menores.

A “plantinha do Santo Pai”, como seu autodenomina em seu Testamento, é venerada como padroeira da devoção à Eucaristia representada em suas imagens pela custódia levada nas mãos. Mas as devoções populares estiveram sempre ligadas aos pedidos de bom tempo, de “tempo claro”. Em 1958, no dia 14 de fevereiro, o Papa Pio XII declarou-a Padroeira da televisão.

A DESCOBERTA DAS FONTES
Contudo, pouca gente sabia que essa mulher tinha um valor transcendente, capaz de trazer novidades para o terceiro milênio. Com a celebração do seu centenário de nascimento, em 1993, vieram à luz muitas publicações e, especialmente, pelo menos entre nós, as Fontes Clarianas. É uma preciosa coleção de documentos do século XIII, em sua maioria, desconhecidos até o princípio do século XX, e ignorados em sua totalidade pelo público.

Para apresentá-las sucintamente, podemos dizer que as Fontes Clarianas dividem-se em três grandes tipos de documentos: os biográficos, os históricos e, a parte mais preciosa, os escritos da própria Santa Clara. Entre seus escritos destacamos: A Regra (Clara foi a primeira mulher a escrever uma Regra na Igreja), O Testamento (onde faz uma recapitulação de sua vida para ressaltar o dom da vocação e mostrar como as Irmãs deviam seguir o caminho que é Jesus Cristo) e a Bênção.

Entre os textos, destacam-se as Cartas à Inês de Praga: ela demonstra um carinho surpreendente para com essa princesa que poderia ter sido imperatriz mas preferiu ser Irmã Clarissa. Passa-lhe uma experiência espiritual profunda e riquíssima, firmando os mesmos fundamentos de São Francisco mas de uma maneira bem pessoal e original.

A ESPIRITUALIDADE

Santa Clara foi uma verdadeira mestra da vida espiritual. Espiritualidade é uma maneira de viver de acordo com a fé, ou de viver a "vida do espírito". Não é uma ciência nem uma teoria e, por isso, embora trate das coisas de Deus e das coisas da alma, e pressuponha um bom conhecimento vivencial dessas realidades, não se confunde nem com a teologia nem com a psicologia.

Para Clara, contemplar é contemplar Jesus. Nós só vemos Deus indiretamente, como em um espelho, e o espelho é Jesus Cristo, Deus feito homem. Nós amamos Deus, a Glória, mas só conseguimos nos entregar ao esplendor da Glória, aos raios de sua Luz que nos atingem - e o esplendor é Jesus Cristo.

Da substância divina, nós só conseguimos viver a sua figura, aquilo tudo que chegou a nós em Jesus Cristo. Jesus Cristo é o objeto total de nossa contemplação. Quando contemplamos, o que entra pelos nossos olhos, os olhos do corpo e os olhos do espírito, é Jesus Cristo.

Fonte: Federação da Sagrada Família

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