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08/07/2016
Regionalização dos hospitais de Juruti e Óbidos
A proposta de tornar regionais o Hospital 9 de Abril, em Juruti, e a Santa Casa de Óbidos foi apresentada ao governador Simão Jatene nesta quarta-feira
O Governo do Pará estuda a possibilidade de regionalizar os hospitais 9 de Abril, em Juruti, e a Santa Casa de Óbidos, ambos no oeste paraense. A iniciativa foi discutida com o governador Simão Jatene nesta quarta-feira (6) em reunião no Palácio do Governo com os representantes da Associação e Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus, gestora dos hospitais, Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e Prefeitura de Juruti.

O prefeito de Juruti, Marco Aurélio Dolzane do Couto, explicou que o hospital 9 de Abril é parte do compromisso de uma agenda positiva traçada em audiência pública, quando se implantou o projeto da Alcoa no município. “A empresa assumiu e cumpriu o compromisso de construir e equipar o hospital, só que infelizmente não conseguiu fazer com que ele funcionasse, nem com que se atendesse nenhum paciente dentro dele”, disse. A unidade hospitalar ficou pronta em 2009 e só entrou em funcionamento em 2015, já sob a gestão dos franciscanos.

Para o prefeito, a possibilidade de parceria com o governo estadual na regionalização do Hospital 9 de Abril permitirá oferecer serviços de média e alta complexidade na região da Calha Norte. “Saio da reunião muito satisfeito com a sensibilidade do governador, que encarou o fato da gente estar propondo uma parceria para tornar a unidade em um hospital regional. Tenho certeza que ele será referencia de saúde naquela região”, reiterou.

O Hospital de Juruti e a Santa Casa de Óbidos são as únicas experiências da Associação e Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus na região amazônica. A instituição tem experiências bem-sucedidas na área da saúde nos Estados de São Paulo, Rio de janeiro e Goiás, e uma experiência internacional, com uma unidade no Haiti. Ao assumir o Hospital 9 de Abril, a entidade conseguiu coordenar uma série de jornadas cirúrgicas de várias especialidades para atender a população local, mas a unidade hospitalar não está funcionando plenamente.

“O governo sozinho não consegue fazer. Nós sozinhos também não damos conta. Então acho que selar a parceria da mão do privado com a mão do público, em beneficio de toda essa população, é o melhor caminho que podemos encontrar”, destacou o frei Francisco Belotti, presidente Associação e Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus, que hoje gerencia mais de 70 serviços de saúde.

A proposta é que tanto o Hospital de Juruti como a Santa Casa de Óbidos possam oferecer serviços de média e alta complexidade, com procedimentos distintos, ampliando a oferta de serviços e garantindo uma cobertura completa pra a região, com compartilhamento de gastos e economia de recursos. “Podemos ter serviços diferentes nos dois lugares, com estrutura um pouco condensada, para que a gente possa atender e com certa resolutividade”, avaliou o religioso.

Simão Jatene lembrou que o Governo do Pará tem se desafiado constantemente na área da saúde, expandindo serviços e investindo na qualidade do atendimento. “Há dez anos toda a média e alta complexidade de atendimento hospitalar do Pará estava concentrada em Belém. Hoje, além de termos cinco hospitais regionais, conseguimos instituir serviços como transplantes no interior da Amazônia, além de prestar um serviço de qualidade para a população, que foram atestadas por certificações nacionais conquistadas por algumas dessas unidades”, lembrou o governador, assumindo o compromisso de aprofundar os estudos com a equipe de governo para a regionalização dos hospitais.

A reunião criou um sinalizador forte para cumprir uma determinação governamental de se instalar serviços de média e alta complexidade na Calha Norte. O secretário de Saúde, Vitor Mateus, contou que o estudo de viabilidade a ser feito pela equipe de governo vai levantar o perfil epidemiológico da região para estabelecer que serviços que devem constar no projeto final. “Vamos agora reunir os interessados, a entidade, o Estado, a Alcoa e as secretarias municipais, para saber como se estruturar dentro deste perfil as condições e implantar os serviços”, afirmou.

Para dom Bernardo Bahlamann, bispo de Óbidos, o encontro foi positivo. “Foi uma reunião muito boa, porque tratamos tanto da questão do Hospital Regional do Oeste do Estado, como também da possibilidade de ampliar essa atividade, não só para o hospital, mas para os serviços prestados, e isso é muito importante para poder desenvolver um trabalho maior na área da saúde. Precisamos fazer essas parcerias, e com a conversa do governador e todos os envolvidos conseguimos avançar mais um pouco para apontar possibilidades”.

Por Dani Filgueiras
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