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08/05/2015
Primeira captação de pulmão na região de Prudente é realizada no HR
Além do pulmão, foram doados fígado, rins, córneas e ossos. O pulmão foi captado pela equipe médica do Instituto do Coração (Incor) de São Paulo. Já o fígado, por médicos do Hospital Albert Einstein. Ambos chegaram a Presidente Prudente em voo fretado.
O Hospital Regional de Presidente Prudente “Doutor Domingos Leonardo Cerávolo” sediou nesta quinta-feira (07/05) a primeira captação de pulmão para doação no Oeste Paulista. Ao todo, cerca de 30 profissionais estiveram envolvidos durante o procedimento que teve início às 10h30 com término às 13h15.

 

Além do pulmão, foram doados fígado, rins, córneas e ossos. O pulmão foi captado pela equipe médica do Instituto do Coração (Incor) de São Paulo. Já o fígado, por médicos do Hospital Albert Einstein. Ambos chegaram a Presidente Prudente em voo fretado às 09h30.

 

Rins e córneas foram captados pela Santa Casa de Presidente Prudente e os ossos pela Organização de Procura de Órgãos (OPA) de Marília.

 

“O pulmão é um órgão muito sensível a infecções. Por isso, a taxa de utilização em transplante é baixa. Enquanto se utiliza 95% dos rins de doadores, por exemplo, se utiliza menos de 10% dos pulmões. Esse é o principal motivo de ter tão pouco transplante de pulmão. E criando uma comissão intra-hospitalar de captação, cuidando melhor do paciente, essa taxa de utilização pode chegar até 30%”, disse o médico responsável pela captação e coordenador do programa de transplante de pulmão do Incor, Marcos Samano.

 

Essa é a 17ª captação de órgãos feita no HR apenas este ano. “O principal protagonista desse dia é o doador. Estamos muito felizes com o resultado do trabalho da Comissão Intra-Hospitalar de Captação no hospital e mais felizes ainda pela coragem das famílias e dos doadores em salvar vidas”, enfatizou o médico coordenador da comissão no HR, Renato Mazzaro Ferrari.

 

Para o diretor administrativo da unidade, Frei Jacó, o sentimento neste dia é gratificante. “O HR tem a vocação de atender a população com humanização e qualidade e, quando conseguimos proporcionar uma evolução social e científica na medicina, como a captação de um primeiro pulmão na região para transplante, temos ainda mais motivos para comemorar, já que assim como a nossa primeira captação de coração, o pulmão também foi captado nas mesmas estruturas que atendemos os pacientes”, ressaltou.

 

Todo processo de captação dos órgãos durou cerca de 6 horas. Ao término, as equipes voltam para a Capital Paulista onde os órgãos serão doados aos receptores compatíveis.

 

A doadora tinha 43 anos. Outras informações sobre a paciente como identificação e causas da morte serão preservadas em respeito à família.

 

Relacionamento com a Família

O trabalho com a família que aceita realizar a doação de órgãos é fundamental para o sucesso e transparência no procedimento e também para possibilitar o crescimento de doadores no Brasil. No caso específico de Presidente Prudente, esses trabalhos foram realizados pelas enfermeiras que compõem a Comissão Intra-Hospitalar de Transplantes do Hospital Regional.

 

“Primeiramente, participamos dos exames para que tenha-se um diagnóstico seguro . Depois a gente participa da abordagem familiar, que é exclusivamente feito por nós. Não é um trabalho muito fácil porque pensamos muito no lado da família de quem está doando. É um gesto muito bonito deles. São pessoas de um coração maravilhoso, que pensam muito no próximo e, mesmo com a dor da perda, eles souberam ajudar”, destacou a enfermeira da UTI do HR e integrante da comissão, Janaine Ferrari dos Santos Souza.

 

“Nós atuamos junto às famílias que finalizaram o protocolo de pacientes que foram declarados com morte encefálica. Esse diagnóstico é feito através de vários testes clínicos e complementares. Finalizado o protocolo, nós chamamos a família, comunicamos o estado de óbito e solicitamos tomadas de decisões em relação à doação ou ao desligamento dos equipamentos. Se optar por doação, temos um procedimento longo para cumprir e verificar quais os órgãos do paciente poderão ser doados. Durante todo o processo, inclusive de retirada dos órgãos, informamos a família do que está acontecendo a todo momento”, explicou Elaine Regina de Souza, também enfermeira e integrante da comissão.

 

Primeiro Coração

No mês de abril deste ano o Hospital Regional, por meio dos trabalhos da Comissão Intra-Hospitalar de Captação de Órgãos, realizou sua primeira captação de coração para doação. O grande protagonista dessa história foi um homem de 32 anos que morreu vítima de traumatismo craneano.

A prima do doador e porta voz da família explicou o que motivou a tomada de decisão em um momento tão difícil. “Tivemos uma perda muita grande. Quando os médicos nos fizeram a proposta pensamos em proporcionar felicidade para outras famílias. Foi uma maneira de homenageá-lo e saber que ele continua fazendo o bem”, disse.

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